quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Oferta interna de frango aumentou quase 8% em dezembro

Baseada no alojamento interno de pintos de corte e tendo como parâmetro padrões mínimos de produtividade das aves alojadas, a APINCO estimou que em dezembro de 2017 foram produzidas no Brasil, pelo menos, 1,111 milhão de toneladas de carne de frango, volume que representou aumento de mais de 5% sobre o mesmo mês do ano anterior. Notar, de toda forma, que o volume assinalado foi interior aos apontados para os meses de janeiro, março e julho.

E como, em dezembro, as exportações brasileiras de carne de frango apresentaram forte recuo – queda de mais de 12% em relação ao fechamento de 2016 – o efeito foi um aumento de quase 8% na oferta interna do produto, resultado que ajuda a explicar o fraco desempenho interno do frango no mês (menor preço do terceiro quadrimestre e queda superior a 15% em comparação a dezembro/16).

Em termos anuais, as projeções da APINCO apontam produção ligeiramente superior a 13,150 milhões de toneladas, 2,72% a menos que o estimado para 2016. Uma vez que, no exercício, o volume exportado recuou 1,73%, a redução na oferta interna ficou em 3,18%.

O índice de redução teria sido maior se as exportações mantivessem na segunda metade do ano o mesmo ritmo observado no primeiro semestre: expansão de mais de 14% em relação ao semestre inicial de 2016. Mas a situação se inverteu e, no segundo semestre, o volume exportado ficou quase 8,5% abaixo do registrado no mesmo período de 2016.



Fonte: Avisite

Indonésia, um novo caminho para a avicultura em 2018

Indonésia, um novo caminho para a avicultura em 2018Um 2017 ótimo, mesmo em ano turbulento. E um 2018 ainda mais promissor, com importante novo comprador. O frango verde-amarelo não poderia querer mais. A Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou relatório com parecer favorável ao Brasil no painel movido contra a Indonésia em relação às medidas restritivas impostas pelo país asiático contra as importações de carne de frango. A OMC concordou com os argumentos apresentados pelo Brasil e vai recomendar à Indonésia a alteração da legislação e das práticas que bloqueiam as importações de carne de frango brasileira. “Desde 2008 temos tentado, sem sucesso, negociar a abertura do mercado com as autoridades indonésias. Realizamos diversas missões com este objetivo. É uma vitória fundamental, que deve impactar positivamente no desempenho das vendas de carne de frango em 2018”, ressaltou o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra. 
A Barral M Jorge Consultores Associados deu suporte à ABPA neste processo, apoiando o Ministério das Relações Exteriores com estudos e outros subsídios.
Os Indonésios ainda terão um prazo de 60 dias para apresentar o pedido de apelação, que será analisado pelo Órgão de Solução e Controvérsias da OMC.  A expectativa é que o processo seja concluído em até seis meses.
O Brasil é, hoje, o maior produtor e exportador de frango halal do mundo.  Um terço de tudo o que o país exporta é direcionado ao mercado islâmico. Em 2016, apenas o Oriente Médio, principal destino dos embarques brasileiros, importaram 1,57 milhão de toneladas, gerando receita superior a US$ 2,3 bilhões. 
Com população de maioria muçulmana (quase 90% dos 260 milhões de habitantes) a Indonésia é um dos mercados com maior potencial de crescimento no consumo de proteína animal mundial. Cada habitante do país asiático consome, em média, 6,3 quilos do produto por ano.  No Brasil, este índice chega a 41 quilos per capita. O mercado indonésio é atualmente fechado para as importações de carne de frango. Toda a sua produção é direcionada ao mercado doméstico. Em 2016, foram 1,64 milhão de toneladas produzidas. “Com o avanço econômico, a tendência é de incrementar o consumo de proteína animal.  Neste contexto, queremos nos consolidar como parceiros para a segurança alimentar da Indonésia, ocupando espaços que hoje estão abertos, complementando a produção local”, ponderou Turra.
EXPORTAÇÕES – As vendas externas de carne de frango in natura e processada alcançaram 387,5 mil toneladas em setembro, volume 0,2% superior ao total embarcado no mesmo mês do ano passado (386,9 mil toneladas). A receita foi de US$ 640,757 milhões, 0,1% superior ao registrado em setembro de 2016 (US$ 640,024 milhões). No acumulado do ano, o desempenho das vendas segue positivo, com US$ 5,526 bilhões em nove meses de 2017, 5,5% maior do que os US$ 5,238 bilhões registrados no ano passado.
Em volume, a diferença manteve-se em 70 mil toneladas. Ao todo, foram exportadas 3,309 milhões de toneladas nos nove meses de 2017, número 2,1% menor em relação às 3,379 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e setembro de 2016. “As vendas para a África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Catar e México contribuíram para o bom desempenho mensal das vendas de carne de frango”, analisou Francisco Turra.
PREÇOS – A boa performance lá fora está contribuindo para altas nos preços internos do frango inteiro congelado. A participação deste produto (in natura) nos embarques totais neste ano é de 93,8%, o que contribui para a sustentação dos valores aqui dentro. No atacado do estado de São Paulo, o frango inteiro congelado in natura começou outubro se valorizando expressivos 9,7%, com média de R$ 3,69/kg. Já o frango resfriado, que tem baixa representatividade nas vendas externas, subiu 2,7% na mesma praça e no mesmo período, ficando em R$ 3,54/kg. Os preços dos ovos comerciais começaram o último bimestre estáveis, refletindo a menor oferta dos concorrentes no mercado. As altas nos preços do pintainho de corte confirmam a menor influência de outros tipos de ovos no mercado, já que eles são geralmente destinados à produção desses animais. Apesar do cenário de estabilidade, os valores dos ovos praticados atualmente seguem acima dos patamares observados no mesmo período do ano passado.
Fonte: Revista AVE

Mercado do milho inicia 2018 instável

Mercado do milho inicia 2018 instávelSegundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a segunda semana de janeiro/18 o Brasil exportou, em média, 165,04 mil toneladas de milho grão por dia. Este volume é 17,4% menor que o embarcado diariamente em dezembro último (199,70 mil toneladas). Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região de Campinas-SP, a saca de 60 quilos está cotada em R$30,50, para a entrega imediata, frente a negócios pontuais em até R$32,00-R$33,00 no final de 2017. O grão está custando 13,9% menos na comparação com janeiro de 2017.
Em curto e médio prazos, considerando um cenário mais favorável de clima a expectativa é de mercado mais frouxo, conforme avança a colheita da safra de verão.
A partir de fevereiro/março, os preços do cereal dependerão do desenrolar da safra de inverno.
Revisões para baixo da produção poderão dar sustentação às cotações pontualmente, mas lembrando do estoque interno maior na temporada, que é um fator limitante para as altas de preços.
Fonte: Scot Consultoria

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Terenos, a capital sul-mato-grossense dos ovos

Da diáspora japonesa no pós-guerra à reconstrução de vidas em Mato Grosso Sul através do cooperativismo. Essas são as duas pontas de uma história de quase 60 anos de imigrantes japoneses, vindos da província de Yamaguchi e que fizeram de Terenos a capital sul-mato-grossense dos ovos. 
Nesse pequeno município, com 20 mil habitantes e a 25 quilômetros de Campo Grande, está a Cooperativa Agrícola Mista de Várzea Alegre (Camva), formada por imigrantes em área adquirida pela Jamic (Japan Migration and Colonization), empresa governamental que estimulava a migração japonesa através do financiamento de compra de terras.
O diretor-presidente da cooperativa, Reinaldo IssaoKurokawa, conta que a migração para Terenos ocorreu em 1959 e 1960, quando os japoneses se recuperavam (processo que continua, de alguma forma, até hoje) da destruição provocada pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Eles dividiram 36 mil hectares da então fazenda Várzea Alegre, comprada pela Jamic. Nascia a colônia Jámic e a capital dos ovos de Mato Grosso do Sul. 
Sem muito planejamento, começaram, então, a cultivar, além de hortaliças, algodão e arroz. Amargaram prejuízos e alguns desistiram da agricultura. “Em dezembro de 1962, as famílias começaram a trabalhar com produção de ovos”, lembra Kurokawa. De acordo com ele, a proposta da atividade veio da própria Jamic, que tinha necessidade de que o empreendimento japonês em Terenos desse certo.
Inicialmente, as galinhas eram criadas soltas e, em meados da década de 1970, começaram a ser construídos os primeiros galpões para o confinamento das aves. O sistema em gaiolas seguiu paralelo com o da criação das galinhas soltas até o ano de 2000. Desde então, a produção nas granjas é feita somente em gaiolas, o que demanda custos menores.
Para desenvolver a atividade, as famílias japonesas criaram a Camva, que tem, atualmente, a maior parcela do mercado sul-mato-grossenses de ovos. São 26 cooperados com número estimado de quase um milhão de cabeças de aves.
No contexto agropecuário sul-mato-grossense, a produção da Camva é expressiva. Conforme o zootecnista Francisco Manabu Suzuki, diretor administrativo da cooperativa, são produzidos, em média, 2,1 mil caixas por dia. Cada caixa tem 360 unidades, totalizando 756 mil ovos diariamente.
Arredondando para a média de 750 mil unidades e considerando expediente diário de oito horas, a produção da Camva corresponde a 1.562 ovos por minuto. Essa quantidade alimentaria 98 brasileiros durante um mês – o consumo per capita médio anual no País foi, em 2016 (último dado), de 190 ovos, de acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Fonte: Campo Grande News


Milho: as novas previsões da CONAB para a presente safra

Em sua mais recente estimativa sobre a safra agrícola de 2018, a CONAB estima que a produção de milho do presente exercício pode chegar aos 92,3 milhões de toneladas, resultado que significaria queda de 5,6% sobre os 97,8 milhões de toneladas de 2017.

Nessa estimativa a CONAB projetou redução de 17,3% na produção da primeira safra que, assim, recuaria de 30,4 milhões/t para cerca de 25,2 milhões/t. Já para a segunda safra – agora a principal – projeta-se, por ora, praticamente o mesmo volume alcançado no ano passado, com redução de apenas 0,3%. Prevê-se, dessa forma, que o volume da “safrinha” supere ligeiramente os 67 milhões/t. 

Se esses resultados se confirmarem, o suprimento deste ano – considerado o estoque inicial de quase 19 milhões de toneladas e importações de 400 mil toneladas – será quase 40% maior que o da safra 2015/16, de triste memória para o setor e o menor do qüinqüênio 2013/2017.

Mesmo assim, é importante que se acompanhe o dia a dia do mercado, pois, apesar dessas perspectivas, o milho vem registrando altas. Nos primeiros dias de 2018, enquanto frango vivo e ovo enfrentam queda de preço, o milho segue caminho inverso. Já está quase 5% mais caro que em dezembro. 


Fonte: Avisite

 
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